sexta-feira, 3 de julho de 2009

Negociação Empresarial


Conceito de Negociação


Certamente a maioria das pessoas tem conhecimento de vários conceitos de negociação, que vão desde obter um sim, passam pela prerrogativa de se saber usar a informação e o poder que a mesma gera e chegam até a tomada de decisão para se otimizar interesses. Negociação também é entendida como um processo de comunicação que se desenvolve quando queremos algo de uma outra pessoa. Note-se que, em todos esses conceitos, o comportamento mais marcante é o de conquista, o de persuasão da outra parte. O conceito que, de nosso ponto de vista, caracteriza a negociação como uma arte a ser treinada e desenvolvida é: um processo que envolve uma ou mais partes com interesses comuns e/ou antagônicos, que se sentam para confrontar e discutir propostas explícitas com o objetivo de alcançar um acordo.Por ser concebida como um processo, precisamos ter a definição do objeto da negociação e, principalmente, saber de onde extrair as informações para o adequado planejamento e condução da negociação. Para tanto, é necessário considerarmos mais algumas questões importantes:
  • identificar os aspectos em comum para ambas as partes;
  • perceber os interesses múltiplos que estão envolvidos;
  • manter o foco voltado para as soluções, em vez de desperdiçá-lo nos problemas;
  • focalizar os benefícios para ambas as partes;
  • avaliar todas as variáveis envolvidas;
  • conduzir o processo de forma a perceber qual o melhor momento para a tomada de decisão;
  • reforçar, depois de tomada a decisão, o compromisso acordado, de preferência registrando-o. “quebrar o gelo” e reduzir eventuais tensões;
  • buscar consenso entre a pauta e o tempo disponível para a negociação;
  • apresentar seus propósitos e estimular o interlocutor a fazer o mesmo.
Etapas do processo de negociação

Existem quatro etapas que são consideradas as mais importantes no processo de negociação são elas:

1. Planejamento

É a etapa mais importante e também a mais negligenciada pelos negociadores. Mais de 60% do êxito de uma negociação depende de um planejamento bem feito. Nesta etapa, iremos:
  • examinar interesses e definir metas;
  • definir a relação a ser estabelecida após a negociação;
  • supor quais serão os interesses e objetivos do outro;
  • coletar as informações necessárias;
  • prever possíveis impasses e como evitá-los e superá-los.
2. Abertura

Nesta etapa, as partes interessadas estão frente a frente. Por isso, é extremamente importante criarmos um clima favorável ao entendimento desde o início e também resolver utilizar a tática do apelo emocional. Outra habilidade é o saber ouvir sabiamente, pois esta prática permite obter muitas respostas e identificar os interesses envolvidos na negociação, facilitando a decisão.Um capítulo à parte no tocante às habilidades consiste em utilizar a comunicação de forma clara e correta, incluindo-se aí todo movimento corporal e gestual no processo de persuasão, que caracteriza o ponto central da negociação.

3. Desenvolvimento

Muitas vezes iniciamos a negociação nesta etapa, esquecendo-nos das anteriores. No entanto, isso é um erro, pois o desenvolvimento será muito mais fácil se precedido da etapa de planejamento.esta etapa devemos nos preparar para:
  • explorar e compreender variáveis envolvidas;
  • perguntar e ouvir atentamente, clarificando pontos obscuros;
  • pesquisar e criar alternativas de ganho mútuo;
  • buscar concordância de posição vantajosa para ambos;
  • evitar e/ou superar impasses.
4. Acordo

Este momento requer muita sensibilidade. Devem-se evitar a impaciência e a precipitação. Ainda, precisamos estar atentos aos sinais emitidos pelo outro e:
  • resumir o que ficou combinado;
  • recapitular os benefícios mútuos;
  • verificar se não há mal-entendidos ou resistências;
  • formalizar o compromisso;
  • registrar o que foi acordado;
  • combinar (se houver) os próximos passos e definir o cronograma.
Erros comuns no processo de negociação

A maioria dos negociadores insiste em repetir os mesmos erros. Entre os mais comuns, está aquele que mais compromete o sucesso da negociação: a falta de planejamento do que deverá ser realizado durante os encontros negociais. Saibamos que frases como “Mande para mim que eu negocio qualquer coisa a qualquer momento” soam infantis ou sem sentido, pois levam a uma negociação sem a devida
preparação e concentração necessárias para se alcançar um acordo vantajoso para ambas as partes.Alguns outros erros podem ser:
  • negociar com a pessoa errada;
  • insistir em uma posição;
  • sentir-se impotente durante uma negociação;
  • perder o controle da negociação;
  • afastar-se das metas e limites estabelecidos;
  • preocupar-se demais com o outro;
  • pensar na “resposta certa” no dia seguinte;
  • culpar-se pelos erros dos outros.
Personalidade dos negociadores

Os filósofos gregos, em seus estudos de retórica, definiram os seguintes traços essenciais na personalidade dos negociadores e em ordem de importância:

• ethos ou ética - conjunto de valores construtivos e presentes, como respeito, integridade, justiça, responsabilidade, digno de confiança, senso de humor e autodisciplina;
• pathos ou empatia - forte emoção que comove a alma, o que inclui paciência, flexibilidade, energia pessoal e ego suficientemente qualificado para uma disposição de ficar em segundo plano e saber lidar com as diferenças. Esta característica foi explorada por Daniel Golleman em sua obra Inteligência Emocional; e
logos ou inteligência racional - característica resultante do processo de educação formal, da preparação do negociador e da sua capacidade de buscar o contínuo aperfeiçoamento.


Fonte:Revistafaebusiness,n.7,nov,2003.



























HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

INTRODUÇÃO


As histórias em quadrinhos são enredos narrados quadro a quadro por meio de desenhos e textos que utilizam o discurso direto, característico da língua falada. Assim, justifica-se a pesquisa pelo interesse de demonstrar como as estratégias de organização de um texto falado são utilizadas na construção da história em quadrinhos, que possui em seu texto escrito, características próximas a uma conversação face a face, além de apresentar elementos visuais complementadores à compreensão, tornando este estudo bastante prazeroso, pois a leitura de uma HQ causa no leitor um determinado fascínio devido à combinação de todos esses elementos.

Os objetivos que norteiam este trabalho são os de analisar as características do texto falado na linguagem das histórias em quadrinhos, verificando de que forma a oralidade é representada em texto escrito e, ainda, de que maneira os elementos das HQs são representados no auxílio da compreensão da narrativa.

A metodologia empregada envolveu a construção de pressupostos teóricos a fim de conceituar o gênero discursivo história em quadrinhos e a busca das características do texto falado, tomando como base renomados analistas da conversação, como Marcuschi (1986), Fávero et al. (1999), Preti (1993). O objeto analisado constitui-se de uma história em quadrinhos de Maurício de Sousa, criador dos personagens da revista “A Turma da Mônica”. intitulada “Cebolinha em o novo plano”

Esse estudo possibilitará futuros aprofundamentos referentes à oralidade nesse gênero discursivo, considerando que a riqueza de detalhes encontrada no texto da HQ analisada evidencia que as características da língua falada, aliadas à recursos visuais e recursos da língua escrita são recorrentes neste gênero discursivo.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


As Histórias em Quadrinhos constituem um gênero discursivo secundário que, para Bakhtin (1993) aparecem em circunstâncias de comunicação cultural na forma escrita e que, muitas vezes em função do enredo desenvolvido, englobam os gêneros discursivos primários correspondentes a circunstâncias de comunicação verbal espontânea. Outra característica é o fato de que, segundo Assis (2002), os gêneros produzidos na interface oral/escrita são necessariamente secundários, como é o caso das HQs.

De acordo com Eguti (2001), os quadrinhos têm como objetivo principal a narração de fatos procurando reproduzir uma conversação natural, na qual os personagens interagem face a face, expressando-se por palavras e expressões faciais e corporais. Todo o conjunto do quadrinho é responsável pela transmissão do contexto enunciativo ao leitor. Assim como na literatura, o contexto é obtido por meio de descrições detalhadas através da palavra escrita. Nas HQs, esse contexto é fruto da dicotomia verbal / não verbal, na qual tanto os desenhos quanto as palavras são necessárias ao entendimento da história.

Se os quadrinhos, como já citado, procuram reproduzir uma conversação natural através da palavra escrita, torna-se necessário o estudo das duas modalidades, oral e escrito, que constituem o mesmo sistema lingüístico. Sobre o sistema lingüístico, Marcuschi (1986, p. 62) afirma que “as regras de sua efetivação, bem como os meios empregados são diversos e específicos, o que acaba por evidenciar produtos diferentes”.

A língua escrita apresenta características diversas da oral, em que se reproduz uma conversação entre dois falantes. Nela, a mensagem não é transmitida de imediato ao leitor, ao contrário da língua falada em que os interlocutores são co-autores do texto deixando em evidencia todo o processo de produção. O texto escrito possui uma importante característica: o planejamento temático. Segundo Rodrigues (1993) qualquer um que se proponha a escrever, sabe o tema que pretende desenvolver; essa escolha é unilateral, não levando em conta interesses e predileções do eventual leitor. Paralelo ao planejamento temático, ocorre o planejamento lingüístico, ou seja, a formulação verbal também é planejada, conforme afirma Urbano (1990 apud RODRIGUES, 1993).

Já a língua falada, Marcuschi (op. cit.) a define como um resultado da atividade interacional entre os participantes de uma conversação que é passível de análise formal, uma vez que possui uma estruturação própria dessa modalidade obedecendo a procedimentos distintos daqueles do texto escrito. A partir desta diferença, constatam-se quatro elementos responsáveis pela organização do texto falado: turno conversacional, tópico discursivo, marcadores conversacionais, pares adjacentes, além das atividades de formulação.

Considerando as HQs, Eguti (op. cit.) afirma que o texto não é espontâneo nem natural, pois trata-se de uma obra em que o autor cria os diálogos e as situações que envolvem os falantes, além disso, o espaço e o tempo em que os fatos ocorrem são produtos de um planejamento prévio tanto do tema quanto do aspecto lingüístico-discursivo, sujeito a correções. Marcuschi (2000 apud DIONÍSIO et. al, 2002) mostra que a concepção da HQ é de base escrita, pois a narração é baseada em roteiros escritos como no cinema, apesar da tentativa de reproduzir a fala (geralmente informal), através de interjeições, reduções vocabulares, onomatopéias, gírias, além de expressarem os gestos e expressões dos personagens através do desenho. Segundo Fávero (s/d apud EGUTI, op. cit.), o texto das HQs é previamente preparado, não apresentando uma formulação livre, uma das características da conversação. Nele não se percebem as repetições e redundâncias próprias da oralidade, uma vez que há uma elaboração prévia, assim como acontece num texto literário.

Como os quadrinhos também utilizam a linguagem não verbal, que é fundamental na transmissão de sua mensagem, não se pode deixar de citar a importância dos elementos específicos de um quadrinho como o requadro, o balão, e as legendas que auxiliam os recursos lingüísticos (discurso direto, onomatopéia, expressões populares), não verbais (gestos e expressões faciais) e paralingüísticos (prolongamento e intensificação de sons) na compreensão da narrativa.


ANÁLISE DA HISTÓRIA EM QUADRINHOS


A HQ a ser analisada narra um episódio da Turma da Mônica, personagens de Mauricio de Sousa que, segundo Eguti (2001), foram inspirados em sua filha mais velha e em sua turminha de amigos. Essa turminha é constituída pelos personagens Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali entre outros, e estão na idade pré-escolar por volta dos sete anos de idade.

A história escolhida é constituída de 72 quadrinhos e 11 capítulos e se intitula “Cebolinha em o novo plano” e narra o que Cebolinha planeja para enfrentar Mônica e sua força. A partir das teorias abordadas, serão descritas, em alguns quadrinhos dessa história, algumas características da língua falada, assim como os elementos das HQs que auxiliam na compreensão da narrativa. A análise concentra-se nas características do texto falado encontradas no texto escrito da HQ, sendo que os desenhos só foram considerados à medida que contribuíram com os aspectos da oralidade complementando o significado do texto escrito.

Observa-se nos dois primeiros quadrinhos do capítulo 2, a fala de Cebolinha: “É isso aí!!...” que é uma expressão tipicamente oral e que dentro da narrativa, indica uma afirmação de Cebolinha quanto ao medo que Mônica tem do tamanho de seu amiguinho. Ela não acredita no que está ouvindo e grita: NÃO DIGA!! NÃO! NÃO!”. Sua fala é grafada em negrito e letras maiúsculas para indicar seu tom de voz elevado. Nessa fala, nota-se uma atividade de formulação, devido à repetição da palavra “não”. A repetição, segundo Fávero et al. (1999), é a reprodução de segmentos anteriores duas ou mais vezes, motivados por fatores de ordem interacional, cognitiva e textual. Nessa fala, Mônica utiliza a repetição como uma reação às ameaças de Cebolinha, portanto, trata-se de um fator de ordem interacional.

No segundo quadrinho, Cebolinha finalmente revela seu plano: “Eu estou fazendo natação!!” e Mônica desesperada grita: “NÃAAOO!!!”. Percebe-se, em seu grito, a repetição das letras a e o, que indica um som prolongado.

Como o capítulo 1 e os dois primeiros quadrinhos do 2 referem-se à imaginação de Cebolinha, evidenciada pelo contorno em forma de nuvem do requadro, ocorre, então, uma mudança do tópico discursivo. Segundo Fávero et al (1999, p. 37), “tópico é o elemento estruturador da atividade conversacional”.

É interessante ressaltar que nessa historinha, o pensamento é verbalizado, o que difere de uma conversação real, pois não é possível um falante ter acesso aos pensamentos de seu interlocutor. Este fato indica uma característica do texto escrito.

Capítulo 2 - Quadrinhos 1 e 2

No terceiro quadrinho do Capítulo 3, Cebolinha interage com o leitor, dizendo: “já vi que meu novo plano vai por água abaixo!”. Nesta fala, têm-se duas colocações tipicamente orais. A primeira é “já vi que...” e a segunda, “... por água abaixo!”, sendo esta última, considerada uma expressão bastante popular recorrente em uma interação informal. É interessante notar que há duas pequenas nuvens acima da cabeça de Cebolinha, que mostram como ele está nervoso. Nesse caso, o desenho é de extrema importância na compreensão situacional.

Ainda há, no mesmo quadro, o professor de natação, que chama a atenção dos alunos, batendo palmas (expressão corporal) e dizendo: “Muito bem classe!” (pausa evidenciada pelo estreitamento dos balões) “todo mundo na água!”. Sua primeira fala é um marcador conversacional de mudança de tópico, pois, neste momento, o tópico conversacional se volta para a aula de natação, além de funcionar como um marcador para chamar a atenção dos alunos. Marcador conversacional, conforme Urbano (1993, p. 86) afirma, “são elementos que amarram o texto não só como estrutura verbal cognitiva, mas também enquanto estrutura de interação interpessoal”.

Capítulo 3 - Quadrinho 3

O primeiro quadrinho do capítulo 8 apresenta Cebolinha todo machucado por causa dos golpes que Mônica lhe dera enquanto nadava. Nota-se que Cebolinha, apesar do silêncio, interage com a menina, evidenciando seu Turno. Turno Conversacional é definido como “a produção de um falante enquanto ele está com a palavra, incluindo a possibilidade de silêncio” (FÁVERO et al, 1999, p. 35), sendo assim, seu rosto riscado e sem dentes, com a boca torta, além das estrelas acima de sua cabeça indicam que o menino está machucado. Os sinais visuais são suficientes para a compreensão do turno do menino, apesar de seu silêncio. Mônica apenas olha para o amigo e pergunta: “Cebolinha?”, pois, até então, não havia percebido que o estava machucando.

No segundo quadrinho, rapidamente ela pergunta: “Ai meu Deus!! Você está bem?! O que aconteceu?!”. Nessa fala, existe o marcador conversacional “Ai meu Deus!!”, que demonstra a preocupação da menina. Cebolinha responde fazendo um gesto de afastamento para Mônica: “O que aconteceu?! o de semple. O menino repete a pergunta de Mônica indicando uma atividade de formulação. Com essa repetição, ele ironiza a situação contribuindo para a organização da seqüência narrativa. Percebe-se também, nesse quadrinho, a presença do par adjacente do tipo pergunta-resposta que se caracteriza por organizar localmente a conversação, e por tratar-se de um elemento básico de uma interação.

Capítulo 8 - Quadrinhos 1 e 2

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da análise efetuada, torna-se evidente que as características da língua falada manifestam-se no texto escrito das histórias em quadrinhos aliando-se a recursos da escrita e também a recursos visuais. Observou-se, assim, que é impossível descrever a estruturação do texto das HQs, sem que tais elementos sejam considerados, pois, nesse gênero discursivo, as linguagens oral e visual possuem igual importância. Sendo assim, os recursos visuais não verbais da conversação, como os gestos, expressões faciais e corporais são representados através do desenho, transmitindo cada movimento do personagem.

Quanto às características da língua falada, encontraram-se notórios exemplos de marcadores conversacionais, atividades de formulação, como a repetição, pares adjacentes do tipo pergunta-resposta, e estratégias de manutenção do tópico discursivo. É importante ainda ressaltar que, devido à grande variedade de elementos encontrados na história integral, não foi possível discorrer sobre cada um deles, com a mesma profundidade, deixando esse aprofundamento maior para um estudo posterior.

Percebeu-se também que, em um certo momento da história, o personagem Cebolinha interage com o leitor, formulando uma interação inesperada, fazendo com que o próprio leitor se sinta parte da narrativa. Assim, o texto da HQ constitui uma linguagem simples e prazerosa tornando o leitor parte integrante desse mundo.

Diante do exposto, pode-se afirmar que as características da língua falada, aliadas aos elementos visuais específicos das histórias em quadrinhos conduzem a narrativa, construindo um todo que auxilia na compreensão. E, também, percebeu-se que os quadrinistas tentam aproximar as situações, o máximo possível da realidade, explicando assim, o porquê da busca da reprodução de uma conversação espontânea.


Fonte :http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno12-11.html

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Um bom texto



O que é um bom texto para você? Uma página, duas, três com começo, meio e fim? Pode ser, mas obrigatoriamente tem de transmitir com clareza uma mensagem entendida pelo autor e pelos leitores, pois se apenas o autor entender, não ha comunicação.
Para transmitir o que se quer dizer, a mensagem, o texto precisa de qualidades tais como clareza, argumentação bem-definida, fatos ou dados ilustrativos do assunto e novas idéias, novas opiniões sobre o tema. Tudo com clareza gramatical e estilo.

É difícil, pois um texto envolve processos mentais, é preciso saber sobre o que se escreve e que se está escrevendo não para si mesmo, mas para outro. Por isso a lógica é fundamental. Sabemos que nem sempre o pensamento segue um encadeamento lógico.

Pensamos e desenvolvemos raciocínios muitas vezes por livre associação, passamos de um assunto para outro com uma facilidade muito grande. E quem nos lê não pode acompanhar nosso pensamento. Além do que, nem sempre o leitor vai concordar com o que pensamos e dizemos, com o que concluímos.

Para sermos mais bem-entendidos, nosso texto tem de ter introdução, onde apresentamos o assunto, desenvolvimento, onde, como o nome diz, o texto é desenvolvido, com prós e contras e uma conclusão, a qual “fecha” nossa introdução. Um bom exercício para escrever com coerência é ler, ler, ler. Sobretudo observar a estrutura de introdução, desenvolvimento e conclusão de alguns autores e mentalmente refazer aquele caminho.



Dados sobre a Autora do Artigo:

Maria Rita Quintella é formada em Letras pela PUCRS, pós-graduada em Teoria da Literatura na mesma Universidade, onde integra a equipe de professores-avaliadores das redações do Vestibular. Trabalha com revisão de textos/preparação de originais para editoras e empresas.

Fonte:http://www.baguete.com.br/colunasDetalhes.php?id=2129 – Acesso em 24 de abril de 2009, às 17 horas e 40 minutos.


Como colocar as idéias no papel?


Começar>> Este é o problema.

Todos temos problemas para começar a redigir. Há problemas para a nossa inibição redacional, como:
  1. Falta de hábito para escrever
  2. Vocabulário limitado
  3. Desordem de raciocínio
  4. Medo de errar

Redigir é como um trabalho braçal. É ensaio e erro. Lembram dos montes de folhas amassadas. Continua assim.

Por que as pessoas de gerações anteriores, mesmo aquelas com pouca escolaridade, redigem melhor dos que a das gerações atuais?

Porque escreviam mais. Havia mais estímulo ao ato de escrever. Estímulos que as comodidades da vida moderna nos fizeram perder...

Por exemplo, havia os “diários” – as mocinhas de então escreviam diários – não havia o psi – psiquiatra, psicanalista, psicólogo. Ao escreverem alguma coisa, lá estava o exercício do hábito de escrever.

Havia a correspondência – levava-se tempo para completar uma ligação telefônica, então as cartas levavam e traziam notícias. Hoje? Hoje dispomos do telefone, do celular, do e-mail - lacônicos e cifrados, sim porque mensagens de adolescentes é difícil de entendermos. Gastamos precioso tempo ali, naquele hieroglifo...Mas a comunicação oral também está em baixa.

E qual a solução? Escrever, escreve e escrever.


E quanto ao vocabulário limitado?


Pergunte algo para alguém. A pessoa pode até saber, mas a resposta não vem. Sabe aquele – Eu sei, mas não consigo explicar? Pois é: limitação de vocabulário. As idéias estão presentes, mas falta uma roupagem: as palavras porque ninguém lê.

Muitos até lêem. Mas não estão ligadas na forma, no desenho da palavra – daí escreverem errado. É lógico que tem de se preocupar com o conteúdo, mas sem perder a forma de vista...

Qual a solução? Ler, ler e ler.


Desordem de raciocínio


O que nos impede de produzir bons textos: a falta ou o excesso de idéias? O excesso. Idéias nunca faltam. O caso é que temos idéias e não sabemos como organizá-las. Aí, surge o caos.

Quantas vezes ficamos lutando com uma correspondência sem conseguir redigi-la, pois as idéias parecem nunca dizer o que queremos? E quantas vezes queremos dizer uma coisa e vem outra, ou enviamos a correspondência e depois vemos que ficou faltando alguma coisa ou repetimos, repetimos e não era o que queríamos dizer àquele leitor?


Solução? Três

  • Escrita automática – Escrever tudo o que vem á cabeça, sem preocupação de lógica, correção das palavras. Depois, é o momento de separar o que vale e o que não vale: selecionar. Nas primeiras vezes, é possível que se produza lixo, mas com o tempo a tendência é que haja aperfeiçoamento. Tudo leva à ordenação automática das idéias.

  • Tempestade de idéias (brain storm) – Esta forma é usada pelas equipes de produção de textos. O grupo se reúne e cada um dá uma idéia sobre o tema. As idéias são anotadas – por mais estapafúrdias que sejam - . No final, são selecionadas as idéias mais interessantes. Funciona em trabalhos de grupo – até de um “grupo de dois”.

  • Mapa mental – Melhor técnica para a redação individual de textos. Coloca-se tudo o que for pensando na tela – ou no papel -. Depois, são feitos os devidos “cortes” e – pronto – o roteiro está pronto.


E quanto ao medo de errar?


A escola nos incutiu a falsa idéia de que escrever bem é escrever gramaticalmente bem. Como a pessoa não conhece gramática a fundo, escreve pouco porque assim vai errar menos. Como você escreve pouco, vai errar mais e nunca terá segurança para escrever.

Se a gramática fosse a base para uma redação perfeita, o bom professor seria um excelente escritor – e não teríamos gênios, como o compositor Cartola, por exemplo, que mal assinava o próprio nome.


Solução?


Ao escrever, não pense na gramática. Escreva, simplesmente. Não pare para pensar se determinada palavra é com sou ç ou ss, se há vírgula ou não.Escreva como achar que é. Depois revise com o auxílio de um dicionário. Mas não pense em escrever e pensar na gramática ao mesmo tempo, pois aí nem você escreve errado nem certo. Simplesmente não escreve.



Fonte:http://www.baguete.com.br/colunasDetalhes.php?id=2167

Vamos falar e escrever cada vez melhor?

Falar e escrever bem ajuda na hora de uma promoção, na hora de arrumar emprego e até para conquistar namorado ou namorada. O problema muitas vezes aparece na forma de uma simples brincadeira, mas os cientistas que estudam a comunicação entre as pessoas têm bons argumentos para questionar o emprego de termos como "certo" e "errado". Mas o fato é que a sociedade faz uma distinção clara entre ambos. O certo e o errado podem representar a diferença entre ser respeitado ou ridicularizado, parecer culto ou ignorante e, num mundo marcado pelas primeiras impressões. No mundo do trabalho, falar bem e escrever corretamente são os requisitos cada vez mais importantes para conseguir os melhores empregos. · "Para os cargos mais baixos, esse fator não é levado muito em conta na hora da contratação". "Já para os níveis médios e altos, como gerência e diretoria, e mesmo nas vagas de trainee de empresas de grande porte, o português conta muitos pontos". Além de dar uma idéia da origem do candidato, de sua familiaridade com o estudo e a leitura e de sua preocupação com a qualidade do que faz, em tempos de internet o bom português dos empregados ganhou novo valor. "Grande parte da comunicação com o mercado, que antes era feita por telefone, hoje se dá por e- mail", exigindo mais cuidados. Dominar a língua traz outra vantagem. Transforma a pessoa numa espécie de consultor dos colegas de trabalho para as constantes dúvidas de português que vão surgindo na redação de cartas, projetos e apresentações. Falar e escrever sem erros é só um dos aspectos da língua portuguesa que as empresas valorizam. Elas querem também que seus funcionários saibam se expressar de forma simples e clara. Atingir tal nível de competência no uso da língua não é tarefa simples que se ensine rapidamente ou por meio de regras fáceis de decorar. Falar e escrever bem são resultado de uma dedicação. Pode levar anos ou uma vida inteira. Mas existem algumas dicas que ajudam quem ainda não chegou lá. A principal é não se deixar intimidar pela chamada norma culta, que serve de referência para definir o certo e o errado. As pessoas imaginam que a língua é fruto de um congresso de sábios , que definiu como se deve falar e escrever. A língua se constrói conforme o uso e o que é considerado certo hoje, amanhã pode virar errado, e vice- versa. Os especialistas afirmam também que ridicularizar ou corrigir demais pode acabar gerando novos erros. A preocupação excessiva em falar difícil para parecer mais culto também está na origem dos erros que viram moda. Corrigir as pessoas que falam errado pode ser uma atitude positiva, recomendada no caso de filhos, pessoas queridas ou subordinados que precisam comunicar-se corretamente. Mas há quem corrija não para melhorar o outro, mas porque gosta de se ver num patamar acima, em condição de superioridade. Tomar cuidado para não se transformar em alguém assim é também uma lição de bom português. A verdade é que as pessoas finalmente perceberam que precisam dominar a norma culta do idioma. Quem não consegue articular pensamentos com clareza e correção tem um grande entrave à ascensão na carreira. As angústias dos brasileiros em relação ao português são de duas ordens. Para uma parte da população, a que não teve acesso a uma boa escola e, mesmo assim, conseguiu galgar posições, o problema é sobretudo com a gramática. Para o segmento que teve a oportunidade de estudar em bons colégios, a principal dificuldade é com a clareza. É para satisfazer principalmente a essa demanda que um novo tipo de profissional surgiu: o professor de português especializado em adestrar funcionários de uma empresa. A dificuldade do brasileiro em falar e escrever de forma a se fazer entender não é apenas conseqüência da tradição bacharelesca. Há outros fatores. Para começar, lê-se pouco no Brasil. A Câmara Brasileira do Livro divulgou um estudo que mostra que, na verdade, os brasileiros lêem em média apenas 1, 2 livros por ano. Não cultivar a leitura é um desastre para quem deseja expressar-se bem. Ela é condição essencial para melhorar a linguagem oral e escrita. Quem lê interioriza as regras gramaticais básicas e aprende a organizar o pensamento. A julgar pela máxima do filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein - "os limites da minha linguagem são também os limites do meu pensamento", os brasileiros que tentam melhorar seu português estão também aprendendo a pensar melhor.



Fonte: http://www.baguete.com.br/colunasDetalhes.php?id=2135 – Acesso em 24 de Abril de 2009, às 17 horas e 21 minutos.

Divã do Empreendedor


Tratamento personalizado

Quais ações de relacionamento com clientes podem ser realizadas por uma pequena empresa?Ricardo Alburquerque

Todos os tipos de empresa,sejam elas de grande ou pequeno porte,podem investir em ações de relacionamento com os clientes.O importante é conhecê-los e realizar ofertas diferenciadas com objetivo de desenvolver um relacionamento de longo prazo.Para conseguir esse resultado,sua empresa deve avaliar:

  • Canais de Atendimento - Como está a qualidade do atendimento presencial?E o telefonico? se o seu cliente fizer um contato e não conseguir ser atendido de foma satisfatória,nenhuma de suas ações de relacionamento obterá resultado.
  • Informações sobre o cliente - Quais dados você tem sobre os clientes? O endereço e telefone para contato e o histórico de compras são informações básicas para qualquer ação de relacionamento.Procure,sempre que possível enriquecer o seu banco de dado com informações sobre preferência dos compradores,como time de futebol,hábito de viagens,entre outras.
  • Segmentação - A partir das informações sobre os clientes,tente agrupá-los de acordo com características comuns.Por exemplo,você pode juntar todos aquele que compram determinado produto e planejar uma oferta exclusiva.
  • Ofertas diferenciadas - Como você define os benefícios diferenciados a partir das informações sobre as preferências de seus clientes?É importante oferecer atrativos que sejam relevantes para cada grupo atendido pela sua empresa.Um exemplo é oferecer ingressos para a final de um jogo de futebol do time de preferência de determinado grupo.

O resultado dessas ações será um clientes fidelizado.Alguém que dificilmente comprará do seu concorrente para que sua estratégia de relacionamento surta efeito,é importante que a atualização das informações e o desenvolvimento de novas ofertas sejam atividades diárias.

O Treinamento que rende


A sua empresa já avaliou o retorno dos investimentos realizados em programas de capacitação?A maioria das organizações faz apenas uma avaliação com os colaboradores sobre o curso,conteúdo,material e professor.Contudo,apenas o bom desempenho nesses fatores não garante que a qualificação contibua para a geração de resultados.Aumentar o retorno dos investimentos em progamas de capacitação envolve cuidados como:

  • Formação de um comitê gestor - É importante que a sua empresa tenha um grupo de trabalho composto por colaboradores não somente de recurso s humanos,mas também por representantes das diversas àreas.Esse grupo discutirá as necessidades de capacitação,validação de conteúdp e estratégias de desenvolvimento de pessoal.
  • Customização do conteúdo - O formato do curso atende as necessidade identificadas no trabalho do seu colaborador?Alguns problemas comuns são subsídios para programas de capacitação,como retrabalho,número de erros,metas não atingidas e baixa produtividade das equipes.
  • Recurso didáticos - Os cursos oferecem vídeos,dinâmicas,exercícios e exemplos construídos a partir de situações vivenciadas pelos colaboradores?Quanto mais próximo da realidade, maior a chance de fixação do conteúdo e de miudanças de comportamento.
  • Projetos de Aplicação - O curso prevê a aplicação prática do conteúdo por meio de um projeto?Os colaboradores devem reconhecer os problemas e desafios enfrentados em sua área e propor ações de melhoria a partir dos conhecimentos adquiidos na qualificação.
  • Orientação e acompanhamento - Para avaliar como os ensinamentos têm sido aplicados,alguns cursos já oferecem atividades de retorno à sala de aula num período que varia de um três meses.Nesses encontros,também são esclarecidas dúvidas e discutidas as dificuldades encontradas.
Com esses cuidados, a sua empresa conseguirá aproveitar melhor os recursos disponíveis para programas de capacitação,além de gerar resultados que poderão ser mensurados.Assim,todos os recursos aplicados com desenvolvimento de pessoal deixam de ser percebidos como gasto e passam a ser classificados como investimento.


FONTE:
REPORTAGEM DO CADERNO DE TRABALHO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO JORNAL CORREIO BRAZILIENSE DE DOMINGO 26/04/2009


domingo, 26 de abril de 2009

Como fazer um Ofício

É quase que exclusivamente utilizado no serviço público, na comunicação entre chefias e com o público externo. Na empresa privada só é utilizado quando dirigido ao serviço público. Seu conteúdo é formal, sem os exageros do passado, quando se utilizavam mais linhas para a introdução e para o fecho do que propriamente para o conteúdo. Como, geralmente, é dirigido a autoridade, é necessário observar o tratamento que cada cargo exige.

O ofício está para a empresa pública como a carta comercial e o memorando estão para a empresa privada. É, portanto, um instrumento de Relações Públicas, como a carta comercial.

  • Para Beltrão ele afirma que as entidades civis, comerciais e religiosas não expedem ofício. Parece-nos que ele está considerando a possibilidade dessas instituições terem que se dirigir ao serviço público; pois, se isso ocorrer, necessariamente terão que elaborar uma correspondência chamada ofício.
  • Para Enéas de Barros, “embora ofício, em geral, seja quase sempre exclusivo da correspondência emitida pelos órgãos públicos estatais (ministérios, departamentos, serviços, autarquias, prefeituras), muitas empresas privadas se têm valido desse documento, principalmente em suas relações com alqueles órgãos, subordinando-se, também, à forma estabelecida oficialmente para tal espécie de correspondência.”
  • Para o prof. Raphael Pugliese, “ofício é a correspondência de caráter oficial, equivalente à carta. É dirigido por um funcionário a outro, da mesma ou de outra categoria, bem como por uma repartição a uma pessoa ou instituição particular, ou , ainda, por instituição particular ou pessoa a uma repartição pública.”

O Manual de Redação, da Presidência da República, recentemente elaborado, apresenta o ofício com algumas inovações. Esse novo modelo é para ser aplicado em todo o serviço público federal brasileiro, poderá todavia servir de parâmetro para a empresa privada. Segundo esse manual, as formas vocativas foram modificadas, assim ficando:

Para os chefes de Poder usa-se Excelentíssimo Senhor, seguido do respectivo cargo, por exemplo:

  • Excelentíssimo Senhor Presidente da República.
  • Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional.
  • Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

As demais autoridades serão tratadas pelo vocativo Senhor, seguido do respectivo cargo, como:

  • Senhor Senador.
  • Senhor Juiz.
  • Senhor Ministro.
  • Senhor Governador.

No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades trata das por Vossa Excelência terá a seguinte forma:

  • Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal

Ministro da Justiça

70.064 - Brasília/DF

  • Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal

Senador Federal

70.160 - Brasília/DF

  • Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal

Juiz de Direito da 10ª Vara Civil

Rua X, nº 14

01010 - São Paulo/SP


Outra alteração que eliminou parte do formalismo do ofício foi a exclusão do uso do tratamento DD. ( digníssimo) e M.D. (mui digníssimo) às autoridades, curiosamente sob a alegação de que a dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.

Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares, sendo o vocativo adequado: Senhor (cargo).

O endereçamento a ser colocado no final do texto do ofício será assim:

Para chefes do poder e demais autoridades:

  • Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal

Presidente do Congresso Nacional

Brasília/DF

  • Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal

Secretário Geral da Presidência

Brasília/DF


Para aquelas autoridades cuja forma de tratamento empregada é apenas Vossa Senhoria, elimina-se o Ilustríssimo Senhor, ficando:

Ao Senhor

Fulano de Tal

Cargo

Guararapes/SP

Em vez de:

Ilmo. Sr.

Fulano de Tal

Cargo

São Paulo/SP

É necessário sempre observar as formas de tratamento que cada cargo requer, c como a forma vocativa. Exemplos peculiares são as utilizadas para juízes, reitores, bispos. A empresa privada que procura formas de tornar sempre mais ágil sua correspondência já adotou o sistema bloco-compacto para a estética também do ofício, que comprovadamente reduz o tempo da sua elaboração.

São públicos dessa comunicação dirigida escrita o interno, externo e misto para a empresa pública. Para a empresa privada, somente o público externo é atingido com este tipo de comunicação.

Modelo

Indústria Gimenes S/A.

Campinas - Jundiaí - Curitiba - Videira - Presidente Prudente

Campinas, 17 de novembro de 1996.

Of. nº 15/96

Senhor Prefeito

Dentro da programação de comemoração do aniversário de nossa empresa, estaremos inaugurando, no próximo dia 7 de junho, às 17h, a “Creche Criança Sadia”, localizada na rua Emílio Rios, 245; reivindicação antiga de nossos funcionários, que agora é concretizada.

Gostaríamos de contar com a presença de V.Exª para descerrar a placa e falar aos participantes sobre a importância da criação de creches nas empresas, pois sabemos que essa é, também, uma das prioridades de seu governo.

Atenciosamente

Diretoria Geral

(assinatura)

Excelentíssimo Senhor

Paulo Soares Martins Dias

Prefeito Municipal de Campinas

Proposta de redação

Redija ofício dirigido ao Prefeito de sua cidade, convidando-o para inaguração das novas dependências de sua escola.



Fonte:http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=redacao/correspondencias/docs/oficio



Sugestão de Livro para Correspondência empresarial



Correspondência:Linguagem e Comunicação


Descrição do Livro:
Esta edição, revista e ampliada pela professora Mariúsa Beltrão, oferece a profissionais e estudantes orientação segura sobre os diversos aspectos da correspondência empresarial, bancária, oficial e particular. Além de apresentar os fundamentos e as normas gerais da redação para fins de comunicação escrita, são incluídas, para exemplificação, dezenas de modelos comentados sobre uma variedade de assuntos e circunstâncias.

Foi dada a esta edição feição mais didática, a fim de atingir não só profissionais da área administrativa como também aqueles que estão sendo capacitados no campo secretarial, em cursos normais ou eventuais.

Permanecem os assuntos fundamentais, desde o simples endereçamento de uma envelope, já com a nova orientação postal, até o trabalho técnico, abrangendo a elaboração, roteiro e sistematização de relatórios, teses e projetos.

  • Editora:Atlas
  • Autor:ODACIR BELTRAO & MARIUSA BELTRAO
  • ISBN:8522440328
  • Origem: Nacional
  • Ano:2005
  • Edição:23
  • Número de páginas:379
  • Acabamento:Brochura
  • Formato:Médio
  • Complemento:Nenhuma


Fonte:http://www.editoraatlas.com.br/Atlas

Principais Problemas da Redação Empresarial


Na Empresa, a escrita é coletiva,isto é,você não escreve em seu próprio nome,mas em nome da companhiapara a qual trabalha.Por isso,deve pensa não em "eu", mas em "nós".Mesmo na comunicação interna ,você deve considerar que se trata da empresa interagindo verbalmente com seus funcionários.
Apenas alguns relatórios ou notas serão assinados por você correspondendo a um compromisso pessoal,mas a maioria dos documentos diz respeito à empresa a exigem que você respeite os posicionamentos da companhia diante dos fatos relativos à correspondência,porque você está transmitido uma mensagem no lugar de outrem-,sua empregadora.

Isso exige de você um esforço duplo:ao mesmo tempo em que você precisa apropria-se da mensagem,colocando-se no lugar do locutor real,você não pode se esquece do interlocutor,da outra empresa,preocupando-se com o modo como ela pensa, a forma como ela vai reagir ao conteúdo do texto produzido por você e enviado por sua empresa.

É Preciso lembrar ainda que o texto empresarial não reflete apenas o trabalho de quem o redigiu,ele reflete toda a empresa.É por isso que uma carta mal escrita,rasurada,mal formatada,sem clareza nem correção,por exemplo,representa uma empresa pouco confiável.Daí a importância de você se preocupar com a clareza,concisão e correção ao redigir em nome de sua empresa,a fim de evitar uma imagem negativa dela.


Mitos e Verdades sobre redação empresarial



MITO:
Você deve usar linguagem formal erudita.

VERDADE:
Você deve usar linguagem formal,mais simples.

MITO:
Você deve apresentar todas as informações.

VERDADE:
Você deve apresentar apenas as informações pertinentes.

MITO:
As pessoas querem ler seu documento.

VERDADE:
As pessoas prefeririam fazer outra coisa.


Dicas


  • Você deve usar linguagem simples.
  • Os textos que circulam no meio empresarial,normalmente,têm uma funçãi prática;eles não são construídos para comover o leitor,nem para distraí-lo,mas para informá-lo a respeito de um tema específico.Por isso,use uma linguagem formal,correta do ponto de vista gramatical,mas direta,recorrendo a palavra do dia-a-dia,que facilitam da compreensão do leitor.
  • Você dev apresentar apenas as informações pertinentes.Um texto longo,cheio de detalhes,desvia a atenção do leitor dos pontos mais importantes e não atinge seu real objetivo.Tenha em mente o que pretende com o documento e atenha-se às informações pertinentes a seus objetivos.
  • As pessoas prefeririam fazer outra coisas:A vida empresarial exige muito de todos os envolvidos nela.Em função disso,não sobra muito tempo para leituras extensas.Além disso, o leitor de um documento que circula na área empresarial nem sempre conhece o autor do texto e pouco interesse tem no texto;lê porque precisa ler,não porque quer.A leitura de uma correspondência pbriga o leitor a interromper seu trabalho.Se ela não for direto ao assunto, o leitor a arquiva ou a descarta.Por isso,não se estendia e seja direto.
Seis Estratégias para chamar a atenção do leitor

  1. Apresente o ponto principal no início.Assim,o objetivo do documento fica claro desde o princípio;
  2. Utilize subtítulos descritivos,eles orientam a leitura do documento;
  3. Seja claro,a falta de clareza compromete a compreensão de seu texto;
  4. Escreva com frases curtas,elas são fáceis de processar;
  5. Empregue palavras simples,elas são facilmente compreendidas;
  6. Utilize uma diagramação "arejada",ela valoriza o seu texto.


Fonte:http://www.baguete.com.br/colunasdetalhes.php?id=2145
Maria Rita Quintela-19/07/2006

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sem alternativa para a vocação a resposta está no mercado

Fazer contato com empregadores é imprescindível na hora de escolher uma profissão.Programas de estágio e de estímulo ao empreendedorismo são experiências indicada.

O único critério adotado paa tomar uma decisão sobre a carreira é aliar a satisfação pessoal aos requisitos dos empresários, apesar de investidas em programas de orientação vocacional e conselhos familiares.Isso implica estar atento não só à vocação, mas ao mercado."As vezes, o candidato escolhe uma profissão tradicional que, a curto prazo, pode ter alto índice de empregabilidade.No entanto, é preciso estar de olho lá na frente.E isso só o contato com o mercado permite",Destaca João Alves,presidente do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação(IPAE). Para conquistar o sucesso no futuro, o vestibulando precisa encarrar o curso de graduação como um passo para a construção da carreira.Dentro dessa perspectiva,o estágio durante a universidade configura não só como parte do processo educacional,mas também como uma ferramenta para a formação profissional.Essa ten sido a aposta do brasiliense Vinícius Postai,20 anos,estudante do 5° semestre de administração da (Uniceub) .É por meio do estágio no seviço Brasileiro de apoio às micro e pequenas empresas (Sebrae) que ele confirma a cada dia a escolha inicial."Atuando no mercado, eu vivencio o dia a dia da profissão com responsabilidade".Hoje, sei que fiz a escolha certa".Comemora.
E Vinícius foi Além.Apostou também no estágio voluntário para conciliar a vocação com as oportunidade do mercado.Ainda no terceiro ano do ensimo médio,ele sabia que seguiria o caminho da administração,graças a um programa de orientação vocacional.no colégio Cimam.Aos poucos, descobriu também que gostaria de atuar com crianças ou idosos.Hoje,além do trabalho no Sebrae,faz isso no colégio Dom Bosco, onde trabalha voluntariamente no programa miniempresa.O programa é uma iniciativa da Associação Junior Achievement, organização mundial de educação prática em economia e negócios,e acontece em Brasília desde 2004.Em 15 semanas, os meninos têm contato dieto com especialistas em marketing,finanças,recursos humanos e produção.Todos eles voluntários."Não adianta levar profissionais nas escolas para falar sobre carreira.Os alunos têm que coloca a mão na massa.No programa,eles elegem diretores,distribuem tarefas,aprendem a vender ações,montam planos de negócios e trabalham até com dinheiro simbólico."Explica Virginia Litwincizk,gestora de projeto da junior Achievement.




REPORTAGEM DO CADERNO DE TRABALHO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO JORNAL CORREIO BRAZILIENSE DE DOMINGO 19/04/2009




quarta-feira, 15 de abril de 2009

O uso das cores





A COR

A cor é uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso. A cor de um material é determinada pelas médias de frequência dos pacotes de onda que as suas moléculas constituintes refletem. Um objecto terá determinada cor se não absorver justamente os raios correspondentes à freqüência daquela cor. Assim, um objeto é vermelho se absorve preferencialmente as frequências fora do vermelho.A cor é algo que nos é tão familiar que se torna para nós difícil compreender que ela não corresponde a propriedades físicas do mundo mas sim à sua representação interna, em nível cerebral. Ou seja, os objectos não têm cor; a cor corresponde a uma sensação interna provocada por estímulos físicos de natureza muito diferente que dão origem à percepção da mesma cor por um ser humano. Não notamos, por exemplo, nenhuma diferença fundamental na cor dos objectos familiares quando se dá uma mudança na iluminação. Para o nosso sistema visual, as cores da pele e das caras das pessoas e as cores dos frutos permanecem fundamentalmente invariáveis, embora seja tão difícil conseguir que esse tipo de objecto fique com a cor certa num monitor de televisão.

CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DAS CORES

toda cor possui uma série de propriedades que lhe fazem variar de aspecto e que definem sua aparência final. Entre estas propriedades cabe distinguir:

* Matiz- É o estado puro da cor, sem o branco ou o preto agregado, e é um atributo associado com a longitude de onda dominante na mistura das ondas luminosas. O Matiz se define como um atributo de cor que nos permite distinguir o vermelho do azul, e se refere ao percorrido que faz um tom para um ou outro lado do círculo cromático, pelo qual o verde amarelado e o verde azulado serão matizes diferentes do verde.
* Saturação ou Intensidade- Também chamada Croma, este conceito representa a pureza ou intensidade de uma cor particular, a vivacidade ou palidez da mesma, e pode se relacionar com a largura de banda da luz que estamos visualizando. As cores puras do espectro estão completamente saturadas. Uma cor intensa é muito viva. Quanto mais se satura uma cor, maior é a impressão de que o objeto está se movendo.
* Valor ou Brilho (Value) -É um termo que se usa para descrever que tão claro ou escuro parece uma cor, e se refere à quantidade de luz percebida. O brilho se pode definir como a quantidade de "obscuridade" que tem uma cor, ou seja, representa o claro ou escuro que é uma cor com respeito a sua cor padrão. O valor é o maior grau de claridade ou obscuridade de uma cor. Um azul, por exemplo, mesclado com branco, dá como resultado um azul mais claro, ou seja, de um valor mais alto.


CLASSIFICAÇÃO DAS CORES

CORES PRIMÁRIAS

São aquelas que não podem ser obtidas por mistura de outras cores. As cores primárias são cores puras e elas são diferentes nas cores-luz e nas cores-pigmento.

* Cores primárias na cor-luz

A cor-luz (também conhecida como cor energia) recebe esta denominação porque as cores estão contidas na luz e por ela são refletidas.
A soma das três cores-luz primárias (vermelho-alaranjado, verde e azul forte) produz a luz branca. Por isso elas também são chamadas de cores primárias aditivas.
A luz é emitida em ondas de várias freqüências diferentes, cada freqüência corresponde a uma cor específica. Quando um feixe de luz branca atravessa um prisma, as freqüências são separadas e podemos ver todas as cores num arco-íris. Este princípio é utilizado na eletrônica, na física e na informática. É este o princípio que possibilita a você ver as cores em seu monitor.

* O branco e o preto na cor-luz

Na luz branca estão presentes todas as cores, portanto, somando todas as cores produz-se o branco, que é a luz pura. A ausência da luz é o preto.

* Cores primárias na cor-pigmento

Quando utilizamos tintas, lápis-de-cor, canetas coloridas e outros materiais para tingir ou colorir estamos utilizando cores-pigmento.
Os pigmentos cromáticos são classificados em três categorias: primários, secundários e terciários.
As cores primárias da cor pigmento são: vermelho-magenta, amarelo-cádmio e azul forte. Nas artes gráficas e na fotografia usa-se o azul-ciano. O azul-ultramar ou da prússia é usado pelos artistas pintores que trabalham com tinta a óleo, acrílica, guache, aquarela .
Com essas cores básicas é possível criar uma infinidade de tonalidades e assim, reproduzir as cores da natureza. Este também é o princípio utilizado em sua impressora (modo CMYK).

* O branco e o preto na cor-pigmento


Os pigmentos são classificados em duas categorias: pigmentos acromáticos e pigmentos cromáticos. O branco, o preto e os cinzas, produzidos pela mistura do preto e do branco, são acromáticos porque não contêm cor. Todos os outros pigmentos são cromáticos.

CORES SECUNDÁRIAS

Obtemos as cores secundárias pela combinação das primárias, duas a duas, em proporções iguais.

CORES TERCIÁRIAS

Podemos dizer que as cores terciárias são todas as outras cores, isto é, quando Uma cor não é primária nem secundária, então é terciária. Obtemos uma cor terciária quando misturamos duas primárias em proporções diferentes, isto é, uma em maior quantidade que a outra; ou quando misturamos as três cores primárias, seja em proporções iguais ou não. A cor marrom, por exemplo, é uma cor terciária obtida da mistura das três primárias. Em artes gráficas, o marron pode ser obtido com a mistura do amarelo ou vermelho alaranjado com um pouco de preto.

PSICOLOGIA DAS CORES

Como as cores influenciam nossa mente

Branco: Ordem, simplicidade, luz, paz, higiene, casamento, hospital, neve, harmonia.

Preto: Noite, sujeira, maldade, morte, pessimismo, tristeza, dor.

Cinza: Chuva, máquinas, seriedade, velhice, desânimo, sabedoria.

Vermelho: Cereja, morango, sangue, desejo, sexo, agressividade, mulher, fogo, perigo, guerra, força, energia, fúria, dinamismo, paixão, poder.

Laranja: Laranja, outono, pôr-do-sol, festa, comida, fome, euforia, alegria, movimento.

Amarelo: Luz, oriental, gozo, ciúme, angústia, esperança, atenção.

Verde: Floresta, natureza, bem estar, tranqüilidade, juventude, umidade, saúde, tapete de jogos.

Azul: Frio, céu, mar, surf, tranqüilidade, paz, infinito, meditação, credibilidade.

Roxo: Sonho, mistério, egoísmo, fantasia, profundidade, doença.

Marrom: Terra, outono, chocolate, café.

Rosa: Feminilidade, delicadeza.


Fonte: www.wikipedia.com/ www.criarweb.com.br

terça-feira, 7 de abril de 2009

Inteligências Múltiplas



TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS


A Teoria das Inteligências Múltiplas, de Howard Gardner (1985) é uma alternativa para o conceito de inteligência como uma capacidade inata, geral e única, que permite aos indivíduos uma performance, maior ou menor, em qualquer área de atuação. Sua insatisfação com a idéia de QI e com visões unitárias de inteligência, que focalizam sobretudo as habilidades importantes para o sucesso escolar, levou Gardner a redefinir inteligência à luz das origens biológicas da habilidade para resolver problemas. Através da avaliação das atuações de diferentes profissionais em diversas culturas, e do repertório de habilidades dos seres humanos na busca de soluções, culturalmente apropriadas, para os seus problemas, Gardner trabalhou no sentido inverso ao desenvolvimento, retroagindo para eventualmente chegar às inteligências que deram origem a tais realizações. Na sua pesquisa, Gardner estudou também:

( a) o desenvolvimento de diferentes habilidades em crianças normais e crianças superdotadas; (b) adultos com lesões cerebrais e como estes não perdem a intensidade de sua produção intelectual, mas sim uma ou algumas habilidades, sem que outras habilidades sejam sequer atingidas; (c ) populações ditas excepcionais, tais como idiot-savants e autistas, e como os primeiros podem dispor de apenas uma competência, sendo bastante incapazes nas demais funções cerebrais, enquanto as crianças autistas apresentam ausências nas suas habilidades intelectuais; (d) como se deu o desenvolvimento cognitivo através dos milênios.

Psicólogo construtivista muito influenciado por Piaget, Gardner distingue-se de seu colega de Genebra na medida em que Piaget acreditava que todos os aspectos da simbolização partem de uma mesma função semiótica, enquanto que ele acredita que processos psicológicos independentes são empregados quando o indivíduo lida com símbolos lingüisticos, numéricos gestuais ou outros. Segundo Gardner uma criança pode ter um desempenho precoce em uma área (o que Piaget chamaria de pensamento formal) e estar na média ou mesmo abaixo da média em outra (o equivalente, por exemplo, ao estágio sensório-motor). Gardner descreve o desenvolvimento cognitivo como uma capacidade cada vez maior de entender e expressar significado em vários sistemas simbólicos utilizados num contexto cultural, e sugere que não há uma ligação necessária entre a capacidade ou estágio de desenvolvimento em uma área de desempenho e capacidades ou estágios em outras áreas ou domínios (Malkus e col., 1988). Num plano de análise psicológico, afirma Gardner (1982), cada área ou domínio tem seu sistema simbólico próprio; num plano sociológico de estudo, cada domínio se caracteriza pelo desenvolvimento de competências valorizadas em culturas específicas.

Gardner sugere, ainda, que as habilidades humanas não são organizadas de forma horizontal; ele propõe que se pense nessas habilidades como organizadas verticalmente, e que, ao invés de haver uma faculdade mental geral, como a memória, talvez existam formas independentes de percepção, memória e aprendizado, em cada área ou domínio, com possíveis semelhanças entre as áreas, mas não necessariamente uma relação direta.


AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS


Gardner identificou as inteligências lingúística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal e intrapessoal. Postula que essas competências intelectuais são relativamente independentes, têm sua origem e limites genéticos próprios e substratos neuroanatômicos específicos e dispõem de processos cognitivos próprios. Segundo ele, os seres humanos dispõem de graus variados de cada uma das inteligências e maneiras diferentes com que elas se combinam e organizam e se utilizam dessas capacidades intelectuais para resolver problemas e criar produtos. Gardner ressalta que, embora estas inteligências sejam, até certo ponto, independentes uma das outras, elas raramente funcionam isoladamente. Embora algumas ocupações exemplifiquem uma inteligência, na maioria dos casos as ocupações ilustram bem a necessidade de uma combinação de inteligências. Por exemplo, um cirurgião necessita da acuidade da inteligência espacial combinada com a destreza da cinestésica.

Inteligência lingüística - Os componentes centrais da inteligência lingüistica são uma sensibilidade para os sons, ritmos e significados das palavras, além de uma especial percepção das diferentes funções da linguagem. É a habilidade para usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir idéias. Gardner indica que é a habilidade exibida na sua maior intensidade pelos poetas. Em crianças, esta habilidade se manifesta através da capacidade para contar histórias originais ou para relatar, com precisão, experiências vividas.

Inteligência musical - Esta inteligência se manifesta através de uma habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical. Inclui discriminação de sons, habilidade para perceber temas musicais, sensibilidade para ritmos, texturas e timbre, e habilidade para produzir e/ou reproduzir música. A criança pequena com habilidade musical especial percebe desde cedo diferentes sons no seu ambiente e, freqüentemente, canta para si mesma.

Inteligência lógico-matemática - Os componentes centrais desta inteligência são descritos por Gardner como uma sensibilidade para padrões, ordem e sistematização. É a habilidade para explorar relações, categorias e padrões, através da manipulação de objetos ou símbolos, e para experimentar de forma controlada; é a habilidade para lidar com séries de raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los. É a inteligência característica de matemáticos e cientistas Gardner, porém, explica que, embora o talento cientifico e o talento matemático possam estar presentes num mesmo indivíduo, os motivos que movem as ações dos cientistas e dos matemáticos não são os mesmos. Enquanto os matemáticos desejam criar um mundo abstrato consistente, os cientistas pretendem explicar a natureza. A criança com especial aptidão nesta inteligência demonstra facilidade para contar e fazer cálculos matemáticos e para criar notações práticas de seu raciocínio.

Inteligência espacial - Gardner descreve a inteligência espacial como a capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa. É a habilidade para manipular formas ou objetos mentalmente e, a partir das percepções iniciais, criar tensão, equilíbrio e composição, numa representação visual ou espacial. É a inteligência dos artistas plásticos, dos engenheiros e dos arquitetos. Em crianças pequenas, o potencial especial nessa inteligência é percebido através da habilidade para quebra-cabeças e outros jogos espaciais e a atenção a detalhes visuais.

Inteligência cinestésica - Esta inteligência se refere à habilidade para resolver problemas ou criar produtos através do uso de parte ou de todo o corpo. É a habilidade para usar a coordenação grossa ou fina em esportes, artes cênicas ou plásticas no controle dos movimentos do corpo e na manipulação de objetos com destreza. A criança especialmente dotada na inteligência cinestésica se move com graça e expressão a partir de estímulos musicais ou verbais demonstra uma grande habilidade atlética ou uma coordenação fina apurada.

Inteligência interpessoal - Esta inteligência pode ser descrita como uma habilidade pare entender e responder adequadamente a humores, temperamentos motivações e desejos de outras pessoas. Ela é melhor apreciada na observação de psicoterapeutas, professores, políticos e vendedores bem sucedidos. Na sua forma mais primitiva, a inteligência interpessoal se manifesta em crianças pequenas como a habilidade para distinguir pessoas, e na sua forma mais avançada, como a habilidade para perceber intenções e desejos de outras pessoas e para reagir apropriadamente a partir dessa percepção. Crianças especialmente dotadas demonstram muito cedo uma habilidade para liderar outras crianças, uma vez que são extremamente sensíveis às necessidades e sentimentos de outros.

Inteligência intrapessoal - Esta inteligência é o correlativo interno da inteligência interpessoal, isto é, a habilidade para ter acesso aos próprios sentimentos, sonhos e idéias, para discriminá-los e lançar mão deles na solução de problemas pessoais. É o reconhecimento de habilidades, necessidades, desejos e inteligências próprios, a capacidade para formular uma imagem precisa de si próprio e a habilidade para usar essa imagem para funcionar de forma efetiva. Como esta inteligência é a mais pessoal de todas, ela só é observável através dos sistemas simbólicos das outras inteligências, ou seja, através de manifestações lingüisticas, musicais ou cinestésicas.

O QUE SABEMOS E O QUE AINDA NÃO SABEMOS SOBRE A INTELIGÊNCIA HUMANA

A certeza de que trabalhando as inteligências múltiplas em sala de aula se está desenvolvendo linha de ação coerente com os saberes antropológicos, sociológicos e neuroanatômicos sobre a inteligência humana se apoia em algumas evidências indiscutíveis. Entre estas, cabe destacar.
  • Como as inteligências constituem potencial biopsicológico de emprego imediato no dia a dia e recurso essencial para ajudar-nos a resolver problemas, adaptar-se as circunstâncias, criar e aprender, quem busca trabalhá-las em sala de aula necessita perceber que o conhecimento não é uma "coisa" que vem de fora ou se capta do meio, mas um processo interativo de construção e reconstrução interior e assim não pode ser "transferido" de um indivíduo para outro. Levando-se em conta essa assertiva descobre-se que o conhecimento é auto-construído e as inteligências são educáveis, isto é sensíveis a progressiva evolução, desde que adequadamente trabalhadas. A escola pode ser, portanto, um espaço fomentador de novas maneiras de pensar.
  • Ainda que possam existir debates acadêmicos sobre a quantidade de inteligências que o ser humano possui, a classificação mais aceita é a de Howard Gardner que descreve em cada pessoa a existência de oito ou nove inteligências (Howard Gardner fala-nos em oito inteligências efetivamente comprovadas e uma nona (inteligência existencial) que ainda depende de maior aprofundamento e revisão para se acrescentar as oito conhecidas). claramente diferenciadas;
  • O potencial humano quanto as inteligências é extremamente diversificado e essa diversidade deve-se a conjunção de fatores genéticos e estímulos ambientais desenvolvidos dentro e fora da escola. Uma pessoa sem distúrbios ou disfunções cerebrais é portador de todas as inteligências ainda que seja diversificado o potencial desta ou daquela;
  • Cada uma das inteligências pode ser identificada através de diferentes manifestações e estas, apenas para efeitos didáticos, poderiam ser consideradas sub-inteligências. Desta forma a inteligência lingüistica por exemplo pode se manifestar através da escrita, da oralidade ou da sensibilidade e emoções despertadas pela intensidade com que se capta mensagens verbais ou escritas;



http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=10624
http://www.homemdemello.com.br/psicologia/intelmult.html